segunda-feira, 29 de junho de 2009

Vacaciones en Chile - Quinto día...

Depois da maratona do quarto dia, resolvemos passar esse quinto dia de um jeito mais tranquilo. Pegamos um ônibus e fomos conhecer a cidade de Villarica. Estava um frio de doer (pra variar) e a cidade não tem metade do charme de Pucón, mas foi um passeio interessante.
Andamos pela avenida principal, fomos até a beira do lago e resolvemos parar para almoçar num restaurante por lá. Perguntamos qual era o menú do dia e o rapaz nos informou que de entrada tinha um consumê (?) de frango, o prato principal era carne vermelha (segundo ele vinham dois “trozos mui exquisitos” – depois que ele saiu, claro que ficamos rindo de como isso soa em português) e purê de batata e a sobremesa era salada de frutas com creme de leite. Tirando o consumê de meleca (tinha várias gosminhas com o tempero) o restante estava uma delícia.
Terminado o almoço, demos mais uma volta pela cidade, achamos uma mini feirinha de artesanatos e voltamos para Pucón. De volta à minha cidade preferida de toda viagem, fomos até a enseada onde encontramos uma pracinha linda, com estátuas de um casal de índios feitos de madeira. Apreciamos a paisagem (que estava deslumbrante) e voltamos para o hostel para arrumar as malas e passar nossa última noite em Pucón.
Pra ver as fotos é só me mandar um e-mail solicitando a autorização.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Vacaciones en Chile - Cuarto día...

Esse era o dia mais esperado da viagem... subir o vulcão Villarica. Acordamos bem cedo para tomar um café-da-manhã reforçado, preparar o lanche, colocar o equipamento e sair do hostel às 7:00 rumo ao vulcão. Estava muito frio, então coloquei uma meia-calça bem grossa, uma legging, a calça jeans e por cima de tudo isso a calça para neve, além disso na parte de cima tinha uma segunda-pele, uma blusinha, duas blusas de lã, um casaco e a jaqueta para neve, fora gorro, cachecol e luvas (um par de lã e um para neve). E para dizer a verdade, enquanto estávamos no carro, eu ainda estava com um pouco de frio.
O céu estava nublado e o guia nos alertou que se o vulcão estivesse também com nuvens, não poderíamos subir. Chegando à base do Vilarrica veio a boa surpresa: todas as nuvens estavam abaixo de nós. E o visual do amanhecer com todas aquelas nuvens formando um tapete, só estando lá (claro que tiramos fotos para dar uma pequena idéia do que foi).
Nessa época o vulcão quase não tem neve, mais da metade do caminho é feita num solo com pedras e uma terra que parece areia. A primeira parte do caminho pode ser feita de teleférico durante a temporada, mas nessa época o teleférico fica desligado o que é uma pena já que foi a parte mais difícil pra gente. Começamos a subida e o esforço físico de caminhar morro acima com aquele chumbo nos pés foi dando um calor danado. Minhas quinhentas camadas de roupa já não faziam sentido nos primeiros 10 minutos e eu tive que dar uma paradinha para retirar alguns agasalhos.
Claro que o total sedentarismo associado ao fato de que só respiro pela boca, faziam com que a subida não fosse nada tranquila, a respiração fica difícil nessas horas. Apesar do calor, o ar é muito gelado e eu sentia meu pulmão ficar frio, é uma sensação bem estranha.
Logo na primeira parte já achei que não conseguiria chegar nem na região do glaciar (neve mesmo quase não tinha, era mais gelo). E se não fossem nossos guias (Germán e Michael) nós não chegaríamos mesmo, o tempo todo eles nos incentivaram a continuar. Ao término da primeira etapa fizemos uma paradinha para comer um lanche, a vista era linda. Nessa parada podíamos avistar a Capela que é um resquício de um teleférico destruído por uma erupção na década de 70.
Continuamos ainda pela terra, meu fôlego e a perna do Rafa implorando para que parássemos, com o objetivo de pelo menos chegar na interface da terra com o gelo. Foi bem difícil pra gente, o que é vergonhoso para duas pessoas da nossa idade e sem problemas de saúde (isso que dá não fazer nenhum exercício físico). Ao término dessa segunda etapa chegamos no início do gelo e ali paramos de novo para descansar um pouco (num platô chamado La Pinguinera), o visual cada vez mais incrível. Quando achamos que não dava mais, o Michael falou que podíamos caminhar um pedaço relativamente curto no gelo e assim nos convenceu a prosseguir até o Tubo (El Tubo é também parte de construção da estação de esqui que sobrou da erupção).
Colocamos os crampons nas botas (um treco estranho de metal com pontas, que fica na sola da bota para fixar melhor no gelo) e seguimos. Foi muito legal andar pelo gelo, ainda bem que não paramos antes. Essa parte nem era tão cansativa, mas como já estávamos acabados a essa altura (literalmente, se não me engano já estávamos a 2.400 m de altitude) sabíamos que estávamos no nosso limite (na verdade já tínhamos passado dele um pouco). Paramos quando chegamos no Tubo e ficamos lá por um tempo, curtindo a paisagem e aquele momento único. Como não era temporada, e os outros grupos já estavam quase no cume, não se via ninguém pelo vulcão, é uma sensação indescritível estarmos só nós ali, três pessoas (o Rafa, eu e o guia) naquela enormidade de terra e gelo. Depois de algum tempo de contemplação tivemos que iniciar a descida (que pena!).
Um pouco mais abaixo o Michael nos levou até umas formações de gelo, foi uma das visões mais bonitas da viagem. O gelo apresentava formas bem peculiares e foi bem legal poder estar lá.
O resto da descida foi tranquila, mas a terra estava muito fofa e cada passo dado valia por três graças ao tanto que escorregávamos. Claro que acabei tomando um tombo o que é motivo pro Rafa rir da minha cara até hoje. No entanto, chegamos sãos, salvos e muito felizes.
Mas o dia não terminou por aí. Depois dessa pedreira, descansamos um pouco no hostel e resolvemos relaxar numa terma que abre durante a noite. Ficamos das 20:30 até as 23:30 nas Termas Los Pozones, um lugar lindo com 5 poços de águas quentes com diferentes temperaturas. Os poços são rodeados por pedras, é um ambiente bem rústico. Começamos do poço menos quente, levamos um bom vinho tinto e aproveitamos para relaxar bastante nas águas. O duro era ir de um poço para o outro, sair de um temperatura de 30 graus para uns 3 graus que fazia lá fora. Mas foi muito bom. Relaxamos tanto que foi difícil esperar chegar até a cama para poder dormir.

Pra ver as fotos é só me mandar um e-mail solicitando a autorização.

domingo, 21 de junho de 2009

Vacaciones en Chile - Tercero día...

Acordamos cedo e fomos pegar o micro-ônibus para o Parque Huerquehue (ainda não consigo pronunciar esse nome como os chilenos), como o sol só nasce depois das 8:00 nessa época do ano, ainda estava amanhecendo enquanto caminhávamos até o ponto. O frio e o tempo seco fazem sentir o rosto como que repuxando, mas vale a pena para ver como fica lindo o vulcão na luz fraca do comecinho do dia.
Entramos no bus e enquanto esperávamos o motorista chegar (ainda faltava uns 10 minutinhos para o horário de saída) um cachorrinho entrou também, ficou por lá com uma cara de cachorro sem dono, mas não teve jeito, quando o motorista chegou expulsou o coitado. Chegou mais um grupo de estrangeiros e lá fomos nós.
Chegando no parque o guarda florestal nos deu algumas explicações das trilhas e a boa notícia de que não precisávamos pagar as entradas. Só não sabíamos direito como controlar o horário da volta, eu explico: como não lembramos de levar adaptador para a tomada (lá todos furinhos das tomadas são redondos, não compatíveis com nossos carregadores) e o celular que é nosso relógio estava descarregado, não tínhamos como ver as horas. Além disso, tinham dois ônibus para voltarmos, um às 14:00 e outro às 17:00, porém queríamos chegar em Pucón num horário em que o comércio estivesse aberto para tentar comprar um adaptador e poder carregar o celular e a bateria da máquina de fotos, assim nosso objetivo era pegar o ônibus das 14:00.
Começamos a caminhar e depois de uma meia hora de caminhada chegamos na placa que indicava o começo do parque (ué?! achei que já estivéssemos no parque). Logo por ali a gente viu algumas poças de gelo, a água havia congelado no chão.
Um pouco mais a frente entramos na mata, obviamente uma vegetação bem diferente das nossas florestas tropicais, mas também muito bonita. Podíamos ouvir o barulho da água das cachoeiras e sentimos um odor bem diferente e gostoso, lembrava um pouco manjericão, mas não consegui descobrir de onde vinha.
Na primeira cachoeira encontramos um grupo de pessoas que estavam no mesmo ônibus no qual chegamos, conversando meio em portunhol, meio em inglês descobrimos que eram três israelenses e duas holandesas também fazendo turismo pelo Chile. Continuamos nosso caminho e chegamos ao Mirador n.º 1 (953 m de altitude) com uma vista incrível para o lago Caburga e o vulcão Villarica, acho que poderia passar horas por ali só admirando a paisagem, mas tínhamos horário pra voltar então prosseguimos.
Mais a frente outra cachoeira, nesse ponto fizemos nosso lanche sentados em um banquinho de madeira, só admirando a força das águas descendo pelas rochas. Como perto de toda essa água o frio crescia cada vez mais, assim que terminamos de comer, seguimos pela trilha.
Um pouco mais acima estava o Mirador n.º 2 (1094 m de altitude) com mais uma vista maravilhosa do lago e do vulcão. A essa altura já estávamos preocupados com o horário e não aparecia ninguém para perguntarmos a hora, ainda tinha mais trilha pela frente, mas decidimos começar a voltar para não perder o ônibus. No caminho da volta encontramos um grupo grande com muitas crianças (parecia ser excursão de uma escola) perguntei as horas e já era quase meio-dia, apertamos o passo e conseguimos chegar faltando 15 minutos para as 14:00. Ufa!
Chegamos na cidade e quando íamos procurar uma loja para comprar o adaptador veio a lembrança: era domingo. Putz! Nem lembrávamos em que dia da semana estávamos. Resultado: não conseguimos comprar e se não fosse a Solange (que trabalha no hostel) nos emprestar um adaptador não teríamos conseguido carregar nem celular e nem a bateria da máquina (principalmente) e assim as fotos do próximo dia de viagem não existiriam. Felizmente, pudemos ir dormir tranquilos, depois de salvos no último minuto.
Pra ver as fotos é só me mandar um e-mail solicitando a autorização.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Vacaciones en Chile - Segundo día...

A viagem até Pucón é longa (de Santiago são 800 km), mas o sono e o cansaço eram tais que dormimos no ônibus ainda em Santiago e só acordamos em Temuco (faltando pouco mais de 100 km para Pucón). Já estava amanhecendo e a densa névoa só indicava o frio que estava nos esperando lá fora. Quando já estava mais claro comecei a tirar algumas fotos de dentro do ônibus, como estávamos no segundo andar a vista era ainda mais legal. O "rodomoço" perguntou se eu não queria ir lá pra frente na janela panorâmica, já que os lugares estavam vazios. E lá fui eu toda feliz. Estava tirando algumas fotos do visual da estrada, quando depois de uma curva, lá estava ele: o vulcão Villarica, um dos mais ativos da América Latina (por mais subjetiva que seja essa afirmação, causa um impacto).
Chegamos em Pucón por volta das 9:00 h e fomos até o Hostel Donde Germán, um lugar muito gostosinho. Nosso quarto era todo de madeira, muito charmoso e a vista era essa aí da foto. Depois de um bom banho, fomos conhecer a cidade, andamos um pouco pelas ruas com quase todas as casas feitas de madeira e com muitos pontos de onde se podia avistar o vulcão (ele é quase onipresente na região).
Na hora do almoço, com a fome já apertando resolvemos comer em algum restaurante. Vários ofereciam o menu do dia que inclui o prato principal, um refrigerante ou uma taça de vinho e uma sobremesa e o mais impressionante é o preço, por algo em torno de 11,00 reais (cada um) comemos salmão (o meu com salada e o do Rafa com batata frita) tomamos vinho e comemos uma panqueca com calda de framboesa, tudo muito bom... e ainda trazem um couvert pra começar. Sem falar que o salmão é tão fresquinho que até a cor dele parece mais viva do que os que comemos aqui no Brasil.
Depois de muito bem alimentados pegamos um micro-ônibus (bem caidinho) para conhecer os Ojos del Caburga, com suas cachoeiras e águas verdes. Foi um passeio gostoso, bem tranquilo e com um visual lindo.
Retornando ao centro de Pucón, resolvemos caminhar por lá mais um pouco e conhecer a praia, mas Pucón não é uma cidade litorânea, a praia é às margens do lago Villarica. Com sua areia preta proveniente de material vulcânico, é um lugar bem agradável para passar o final da tarde.
Antes de voltar pro hostel ainda conhecemos a pracinha da cidade com algumas barraquinhas de artesanato e passamos no mercado para comprar algumas coisas. Compramos pro café-da-manhã um pão chamado Hallulla, que lá é como o nosso pão francês, vimos várias pessoas com sacos desse pão e resolvemos experimentar, é bem gostoso.
À noite fizemos um lanchinho no próprio hostel e dormimos embaixo de milhões de cobertas pra ficarmos quentinhos no frio danado que faz por lá.
Pra ver as fotos é só me mandar um e-mail solicitando a autorização.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Vacaciones en Chile - Primero día...

Vou contar um pouco da nossa viagem ao Chile que durou 10 dias (05 - 15/06). Vou postando o diário de bordo aqui e as fotos no nosso álbum.
Tudo começou quando pegamos nosso vôo no Galeão (às 6:00 da madrugada), fizemos uma conexão em Guarulhos e logo embarcamos rumo à Santiago. Ficamos encantados com o Boeing 777, é enorme e tem telas individuais onde se pode assistir (além dos filmes) o que acontece na frente e embaixo do avião, tem câmeras que passam em tempo real tudo que acontece lá fora.
Tirei várias fotos sobrevoando a Cordilheira dos Andes, porém só as que coloquei no álbum foram as que ficaram boas. Apesar de ter sentado na asa (falta de localização para escolher o assento de quem não está acostumada a voar) a vista dos Andes é incrível, só tirava a cara da janelinha para ver na telinha o que estava rolando embaixo de nós.
Chegando em Santiago, o primeiro uso do portunhol foi na imigração, depois na casa de câmbio e por aí afora descobrimos que essa pseudo-língua bastante utilizada pelos brasileiros funciona muito bem no Chile. Do aeroporto fomos direto para a rodoviária comprar as passagens para Pucón, difícil foi nos livrar dos caras do aeroporto querendo de qualquer jeito nos enfiar no táxi para a rodoviária. Pegamos um buzão da própria companhia de ônibus pela qual iríamos para Pucón e chegamos rapidinho (e bem mais barato) no terminal de buses, compramos as passagens (muuuito mais barato do que as do Brasil), deixamos as mochilas no guarda-volumes, driblamos o cara que queria vender um city tour e fomos dar uma volta por Santiago.
Estava um dia lindo, mas como me avisaram pra não ficar pagando sapo de turista no centro da cidade, não tirei fotos. Fomos a Plaza de Armas, e quase me senti no centro de São Paulo quando vi uma aglomeração de pessoas em torno de alguém fazendo alguma graça lá no meio. Acredito que todas grandes metrópoles da América Latina devem ter muitas semelhanças. No entanto, o centro de Santiago é mais limpo (ou menos sujo) e parece mais seguro (dizem que o maior risco por lá são alguns trombadinhas), além disso quase não vimos pedintes e parece ter menos moradores de rua.
Andamos pela Paseo Ahumada e foi aí que paramos para comer numa lanchonete bem charmosinha. Pedi um cachorro-quente que é muito consumido por lá, vem com abacate amassado, com um salzinho a mais fica muito bom. Mais tarde entramos num shopping do centro para tomar um suco, e como a ignorância no espanhol é grande fui perguntar para a atendente que fruta era aquela chamada frutilla, como ela não soube explicar, pedi assim mesmo para saber que fruta diferente poderia ser essa... como o copo era opaco não vi bem a cor do suco e fui experimentar para saber que gosto tinha a tal frutilla, claro que a anta aqui se decepcionou ao perceber que era morango, mas enfim, ninguém mandou não estudar espanhol...
Depois disso fomos andando meio sem rumo (só nos preocupando em não ficar longe do metrô para facilitar nosso retorno pra rodoviária) e acabamos no final da tarde parando no bairro Bellavista, um lugar muito bacana, cheio de bares e de atrativos culturais. Entramos no Patio Bellavista que tem barzinhos, restaurantes e uns stands com artesanato, gostei muito de lá. Comemos num bar chamado Budapest, demos uma volta pelas ruas próximas e voltamos pra rodoviária para pegar o bus das 22:45 rumo a Pucón.
Pra ver as fotos é só me mandar um e-mail solicitando a autorização.